TV ITARARE E O PROCA NA ITACOATIARA DO ESTREITO - CG/PB

SÍTIO ARQUEOLOGICO ITACOATIARA DO ESTREITO

CAMPINA GRANDE-PARAÍBA

Artigo sobre a reportagem exibida no

Programa Diversidade da TV - Itararé/Cultura

No dia vinte e cinco de maio foi exibida na TV Itararé – TV Cultura, Canal 19, às 13h30m e 19h30m, uma

reportagem sobre arqueologia, pela apresentadora Thaise Carvalho no programa Diversidade.

O tema da reportagem foi “O sitio arqueológico Itacoatiara do Estreito”. A apresentação do sitio foi defendida pela equipe do PROCA, representada pelo coordenador prof. Washington Luís Alves de Menezes e pelo vice-coordenador prof. Matusalém Alves Oliveira.

No dia cinco a TV Itararé e o PROCA foram até a fazenda Logradouro, de propriedade do Sr. Reinaldo, onde fica localizado o supracitado sítio arqueológico. Antes do contato com o monumento pré-histórico o professor Matusalém fez uma explanação sobre os afazeres do PROCA, na Paraíba, onde enfatizou a importância do trabalho educacional realizado pela ONG nos últimos vinte anos, além de contextualizar aquele sítio com outros já catalogados na Paraíba.

O professor Matusalém também falou sobre outros projetos em processo que o PROCA está desenvolvendo, tais como: Curso de Pré-história do Nordeste do Brasil e o Curso sobre Arqueologia do Oriente Próximo. Os dois cursos serão oferecidos pela UEPB/CEDUC e certificados pela Pró-Reitoria de Extensão e Assuntos Comunitários da UEPB. São gratuitos e podem se inscrever estudantes universitários e a comunidade em geral, quem esteja cursando ou já concluiu o ensino superior.

Já a caminho do sitio, o prof. Washington informou de um possível campo lítico (local onde são encontrados objetos confeccionados em pedras e que foram, provavelmente, produzidos por comunidades primitivas; são: pontas de flechas, raspadores, lâminas, entre outros). Thais, aproveitando as explanações, iniciou a reportagem a partir destas.

Todo o percurso foi recheado por explicações dos historiadores à jornalista, que também não deixou de registrar as paisagens naturais. Já no monumento principal que compõe o sitio arqueológico, foi dado inicio aos trabalhos de captura de imagens e entrevistas com os professores.

Como sempre acontece, os painéis rupestres surpreenderam aos técnicos e à repórter pela complexidade e beleza dos gliflos em contexto com a paisagem natural. Fato que fez com que o prof. Matusalém falasse sobre sua suposta origem, sua importância, bem como a necessidade de preservá-los.

O professor Matusalém ainda falou sobre a distribuição espacial dos sítios arqueológicos da Paraíba, no Planalto da Borborema, e sobre o contexto dos demais sítios arqueológico com gravuras rupestres, como o sítio arqueológico Pedra do Ingá. Ressaltou, também, a importância do trabalho do PROCA em razão da preservação do patrimônio pré-histórico da Paraíba.

Por outro lado, satisfazendo curiosidades dos repórteres sobre a confecção daquelas gravuras, o prof. Washington respondeu sucintamente que ali poderiam ter sido utilizadas três técnicas específicas: a ranhura, o picoteamento e a profundidade com polimento.

Aproveitou ainda, o professor, para destacar o mal estado de conservação, assim como os principais fatores que concorrem para a destruição do sítio arqueológico.

O PROCA agradece a TV Itararé pela oportunidade oferecida e parabeniza pelo profissionalismo dos técnicos e, especialmente, da repórter Thaise Carvalho.



Equipe do PROCA responsável pela reportagem no programa Diversidade e pela elaboração e publicação deste artigo.

Washington Luís Alves de Menezes, Matusalém Alves de Oliveira, Alfrânio Gomes de Brito e Vanuza Lopes Vieira.



TV – Itararé

Reportagem: Thaise Carvalho / Produção: Hermano Junior / Imagens: Charles Dias / Auxiliar Técnico: Rildo Demetrio / Edição de Imagem: Arthur Macedo e Jeff Winner.


INFORMAÇÕES SOBRE O SÍTIO ARQUEOLÓGICO ITACOATIARA DO ESTREITO.
Levantamento realizado pelo Programa de Conscientização Arqueológica - PROCA
Data do Levantamento: Setembro de 1995.
Equipe reponsavel: Washington Luís Alves de Menezes, Matusalém Alves Oliveira, Alfranio Gomes de Brito, José Frederico.

SÍTIO ARQUEOLOGICO IATACOATIARA DO ESTREITO

CAMPINA GRANDE/PB

Este sítio localiza-se a aproximadamente 15 Km a oestes do centro urbano de Campina Grande – PB, cerca de 1 Km a esquerda da estrada que liga em linha reta com a avenida Francisco Lopes de Almeida. Está a 52 Km de distância em linha reta das itacoatiaras do Ingá.

As gravuras ocorrem em lajedos, sendo o painel composto num bloco horizontal de 7 metros de comprimento por 2,40 metros de altura, voltado para o norte. Situado no leito do riacho Gado Bravo, no sentido horizontal da descida das águas.

Algumas gravuras estão muito desgastadas, outras conservam um bom estado.

Ocorrem dezenas de gravuras em grafismos puros e geométricos, embora tenha sido as observações preliminares. Outras poucas gravuras distribuídas em blocos soltos ao redor do painel principal forma parte das gravuras do sítio.

Um dos blocos já descamado do painel se encontra depositado próximo ao monumento, tal bloco poderá ser deslocado para outra área afim de ser protegido das enxurradas que poderá quebra-lo. Neste bloco existem cerca de uma dezena de gravuras.

As itacoatiaras do Estreito é composta por mais de uma dezena de painéis, os quais estão distribuídos numa área de mais de 4000m2. O painel principal possui mais de cinqüenta representações.

Devido o lajedo que abriga o painel principal está de frente com a descida das águas, tenha sido o maior prejudicado com o choque das águas que descem e causa o desmantelo dos blocos. Não foi verificado o descaíste por parte do homem, a propriedade pertence ao Sr. Reinaldo que depois de uma longa conversa com os membros do PROCA, resolveu proteger o monumento de possíveis investidas contra aquele sítio pré-histórico.

Anterior ao Sr. Reinaldo, o proprietário pouco se importava com o sítio arqueológico, o local até 1998 era explorado pelo proprietário como extração de pedras para construção civil, por sorte o monumento principal não chegou a ser atingido, como não sabemos a quantidade de painéis que existiu no local, ficamos sem saber quantas gravuras foram destruídas.


OUTROS PAINÉIS DO SITIO ARQUEOLÓGICO ITACOATIARAS DO ESTREITO